Revista Udziwi número 30

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O Centro de Estudos de Políticas Educativas (CEPE) apresenta a Revista Udziwi número 30, com um total de 15 artigos.
O primeiro artigo, de Eduardo Generoso Tiago Macie, intitluado "O ensino das operações aritméticas nas classes iniciais: Uma reflexão sobre a inobservância de saberes locais dos alunos das comunidades rurais em Gaza – Moçambique", tem como objectivo contribuir para um melhor direccionamento de exemplos usados no ensino das operações. A metodologia usada baseia-se na pesquisa bibliográfica e na análise interpretativa de contos populares ligados ao ensino de operações aritméticas. O autor conclui que é necessário um papel mais activo da escola, inserida na comunidade.
O segundo artigo, de Alexandre Paulo Manjate e Ângelo Américo Mauai, intitulado "O ensino da coesão e coerência na 12ª Classe: uma proposta didáctica a partir da Música “Longa Espera” de Dama do Bling", visa contribuir para a diversificação de materiais e estratégias didácticas, no âmbito do ensino de língua portuguesa. A metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica e a aplicação de um questionário aos professores. Os autores concluem que associado ao texto escrito, a música é um material que deve ser explorado pelos professores, como forma de diversificação de materiais didácticos e de despertar interesse dos alunos pelas aulas.
O terceiro artigo, da autoria de Cláudio Dinis José Nhampossa, intitulado "Projecto Turma Mais: proposta de combate ao insucesso escolar na Matemática no Ensino Básico Moçambicano", tem como objectivo destacar a importância da turma mais, como instrumento de alcance do sucesso escolar na disciplina de Matemática. A metodologia usada baseia-se na pesquisa bibliográfica. O autor conclui que a aplicação da turma mais poderá reduzir aquilo que hoje é considerado como mau resultado na disciplina de Matemática.
O quarto artigo, da autoria de Elisaura Maria Alberto, com o título“Eu planifico sozinho porque estou suficientemente maduro”: percepções de dez professores moçambicanos sobre a planificação da aula", investiga as percepções dos professores do Ensino Básico no que tange à planificação de ensino. A metodologia usada, para além da pesquisa bibliográfica, contempla a realização de entrevistas semi-estruturadas a dez professores e a análise das pastas de arquivos de planos quinzenais da escola. A autora conclui que há resistência por parte dos professores em reconhecer a planificação como um momento de cooperação e colaboração.
O quinto artigo, de Cristina Armando Nicoadala, intitulado "Percepções dos professores sobre avaliação do processo de ensino-aprendizagem: Um estudo com cinco professores do Ensino Básico", tem como objectivo analisar as percepções dos professores a respeito da avaliação como instrumento que visa contribuir para a aprendizagem do aluno e na melhoria da qualidade de ensino. Como metodologia usou-se a pesquisa bibliográfica e as entrevistas semi-estruturadas. A autora conclui que é necessário que o professor faça uma reflexão em torno dos resultados da aprendizagem do aluno, de modo a planificar a sua prática pedagógica, corrigir os erros e tornar a avaliação num instrumento que visa atingir diferentes objectivos previstos.
O sexto artigo, intitulado "Concepção da avaliação escrita na disciplina de Química de alunos e professores da Escola Secundária Aeroporto-Expansão em Quelimane", da autoria de Tomás Emílio Pedro Samo, tem como objectivo analisar as percepções que os alunos e professores de Química têm em relação à avaliação escrita. A metodologia usada baseou-se-se na pesquisa bibliográfica e na aplicação de questionários. O autor conclui que os resultados mostram que a avaliação escrita tem sido mais usada como um instrumento disciplinador e classificatório, como uma forma de medição e punição, do que como instrumento de auxílio na transformação da educação.
O sétimo artigo de Brígida D’Oliveira Singo, intitulado "Formação profissional técnica e contínua dos professores na Universidade Pedagógica", a autora analisa a experiência adquirida com o projecto “Desenvolvimento do pessoal” realizado entre as Universidades de Magdeburg, Rostock e a Escola Superior Técnica (ESTEC) e conclui sobre a necessidade de se dar seguimento, contactando os docentes participantes na acção de formação contínua e perceber até que ponto a formação que frequentaram teve impacto nas suas práticas pedagógica a médio prazo.
O oitavo artigo, de Suzete Lourenço Buque, intitulado "Os desafios da formação do professor de Geografia: a articulação entre ensino e pesquisa", tem como objectivo reflectir sobre a articulação entre o ensino e a pesquisa, partindo de uma experiência vivenciada pela autora enquanto docente de Didáctica de Geografia no curso de Licenciatura em Ensino Geografia na Universidade Pedagógica. A metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica, documental e a experiência da autora. O estudo conclui que mesmo nas condições de carências de diversa ordem nas escolas, é possível acompanhar os avanços teórico-metodológicos sugeridos para o ensino da Geografia e formação de professores na actualidade.
O nono artigo, de Azevedo B. B. Nhantumbo & Manuel Z. Guro, intitulado "Reformas curriculares na formação de professores em Moçambique", tem como objectivo abordar as principais características de alguns modelos de formação e as motivações que determinaram as sucessivas mudanças de modelos de formação de professores primários. A metodologia baseia-se na pesquisa bibliográfica e documental. Os autores concluem que nem sempre os modelos de formação de professores introduzidos foram desenhados tendo em consideração os currículos para os quais os graduados iriam trabalhar.
O décimo artigo, "Exploring How a Primary School in Mozambique Understands and Implements the Inclusive Programme of 1998", de Nalia Francisco, visa investigar como uma escola primária em Moçambique compreende e implementa o Programa Escolas Inclusivas lançado em 1998 pelo Ministério da Educação. A autora conclui que a formação de professores para lidar com questões de inclusão nos cursos de formação de professores deve ser parte integrante para melhorar os objectivos das Escolas Inclusivas.
O décimo primeiro artigo, de Carlos Aragão, intitulado "A articulação curricular e a administração educacional e escolar", tem como objectivo abordar as questões que devem ser tidas em conta no processo de elaboração de um currículo capaz de assegurar a sequencialidade do processo educativo, dentro dos interesses e do contexto específico dos alunos. A metodologia usada baseia-se na pesquisa bibliográfica. O autor conclui que o diálogo é um elemento fundamental do processo de desenvolvimento curricular, porque permite ter uma visão de identidade nacional inclusiva, de cidadania transnacional e de direitos humanos para todos os grupos da sociedade.
O décimo segundo artigo, da autoria de Afonso Nkuansambu, intitulado "Ensino, investigação e extensão no Ensino Superior em Angola, caso do ISCED de Luanda", visa compreender o lugar do ISCED na melhoria da qualidade da educação em Angola. Para o seu desenvolvimento adoptaram-se os métodos: reflexivo, descritivo e hermenêutico, com técnicas de observação directa e indirecta, análise documental e entrevista semi-estruturada às entidades gestoras do ISCED. Os resultados da pesquisa mostram que o ISCED tem-se limitado na formação de profissionais de uma forma paliativa e pouco ou quase nada tem feito sobre a investigação e extensão.
O décimo terceiro artigo, "Qualidade da educação em Moçambique: colapso ou desafio?", de Geraldo Teodoro Ernesto Mate, pretende contribuir com uma abordagem e uma perspectiva positiva de análise a problemática da qualidade de educação em Moçambique. A abordagem metodológica é sistémica, baseada na reconstrução histórica e na análise crítica e dialéctica. a melhoria da qualidade da educação passa pela identificação de tarefas evolutivas do sistema (desafios), aquelas que, quando realizadas, aumentam a eficácia e a maturidade sistémica.
O décimo quarto artigo, intitulado "Avaliação institucional em Moçambique - algumas reflexões", da autoria de Stela Mithá Duarte e Daniela Silvestre Januário Biché, tem como objectivo reflectir sobre a avaliação institucional, com incidência em Moçambique e, em particular, na Universidade Pedagógica (UP). A metodologia usada baseia-se na pesquisa bibliográfica e documental e nas experiências das autoras. O estudo conclui sobre a necessidade de se encarar o desafio do financiamento, procurando formas de oferecer serviços, como cursos de curta duração, assim como prosseguir com as parcerias que ajudem a contornar as suas dificuldades.
O décimo quinto artigo, "Políticas públicas para o desenvolvimento do Ensino Superior em Angola: dos conceitos à importância", da autoria de Simão Chicaia Culandi, apresenta os conceitos e a importância das políticas públicas implementadas para o desenvolvimento do Ensino Superior em Angola. Baseado em pesquisa bibliográfica, os resultados do estudo confirmam a existência de vários desafios para que se possa ter um Ensino Superior desenvolvido e de qualidade, o que indiciam a necessidade de contínuas reformas das políticas públicas para este subsistema

 

A todos e a todas desejamos um boa leitura.

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